terça-feira, setembro 23, 2008

OBESIDADE INFANTIL

Ao longo das últimas décadas, em todo o mundo, a prevalência da obesidade quer nos adultos quer nas crianças e jovens aumentou consideravelmente.
A prevalência de obesidade em crianças e adolescentes alterou-se pouco entre as décadas de 60 e 80, havendo um aumento dramático entre os anos 80 e 90.

Cerca de 10% das crianças e adolescentes, apresentam excesso de peso, com risco aumentado de desenvolvimento de doenças crónicas; um quarto destas crianças é obeso, com probabilidades acrescidas de apresentarem factores de risco tais como: diabetes tipo II, doenças cardiovasculares e outras co-morbilidades antes ou durante a vida adulta (Lobstein e col., 2004).

Mundialmente, segundo a British Medical Association, mais de 22 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade tem excesso de peso, bem como 155 milhões de crianças em idade escolar.

Os EUA e alguns países europeus apresentam os mais altos níveis de prevalência de obesidade infantil (Lobstein e col., 2004).

Na Europa 20% das crianças (uma em cada cinco) tem excesso de peso e 4000,000 crianças por anos juntam-se aos 14 milhões de crianças com excesso de peso das quais 3 milhões são obesas. São os países do Sul da Europa que estão na liderança da prevalência da obesidade infantil, onde Portugal se inclui. Entre 21 países, são as ilhas mediterrâneas de Malta, Sicília, Gibraltar e Creta e os países Portugal, Espanha e Itália, que apresentam mais do que 30% de crianças com excesso de peso e mais do que 10% com obesidade.

A curto prazo, a obesidade juvenil está associada a perturbações físicas e psicossociais; a longo prazo, cada vez mais com tradução clínica ainda durante a idade pediátrica e independentemente da persistência de obesidade na idade adulta, de entre as complicações associadas à obesidade podemos referir a hipertensão arterial, a dislipidemia, a diabetes mellitus tipo II e a doença cardiovascular (Rego, 2002).

Fontes: American Heart Association, British Medical Association, OMS.

DÁ QUE PENSAR!!!

CAMINHAR OU CORRER

Quando pensamos em correr ou caminhar, ficamos sempre na dúvida, qual delas é a melhor actividade?
Antes de fazermos nossa opção, não podemos esquecer de alguns pontos muito importantes.

Depois de o seu organismo já estar adaptado à carga, você pode acelerar o passo, aumentando
gradualmente o ritmo das passadas.

É essencial controlar a distância percorrida. Observe quantos quilómetros percorreu no tempo
estabelecido e durante a semana.

Depois de começar, o mais importante é exercitar-se com regularidade. Querer compensar o tempo perdido com surtos de corrida pode ser perigoso para a sua saúde.

Exercite-se independentemente da sua condição física , faça um trabalho gradual e respeitar os limites do próprio corpo, é um mandamento básico de quem quer manter a saúde, quando eles são ultrapassados, o corpo queixa-se.

Faça um bom aquecimento, alongando os músculos das pernas, e controle a frequência cardíaca durante a actividade.

Qualquer aumento que faça, opte por aumentar primeiro o volume e não a intensidade.

DICAS

Entre os treinos é necessário um período de descanso para o organismo recuperar do desgaste
causado pelo treino e evitar possíveis lesões. Treinar com o corpo cansado prejudica sua performance.
O período de descanso deve ser proporcional ao volume ou intensidade do treino.
Três dias por semana uma hora por treino, é mínimo para os efeitos da actividade física se começarem a sentir.
É a partir deste ponto, onde começa a super compensação, os intervalos entre os estímulos não ficam tão grandes e o corpo pode realizar o processo de adaptação ao esforço.
Esqueça os conselhos dos parceiros do ginásio.
Cada corpo tem características próprias, por isso o principio da individualidade biológica deve ser respeitado, e o que serve para eles não é necessariamente o melhor para si.
Evite sobrecargas exageradas para não entrar em "overtraining", ou seja, queda de rendimento por excesso do mesmo.
Após um treino longo ou de alta intensidade, deve vir um treino regenerativo ou um dia de descanso, pois nada que é exagerado é produtivo.

HIDRATAÇÃO

Para ajustar sua dieta e planear as suas refeições de acordo com suas necessidades específicas, é importante consultar um profissional devidamente capacitado para o efeito.
A maioria dos praticantes de actividade física não consome líquidos em quantidades suficientes durante o exercício.
A desidratação severa pode por em risco a vida de um atleta e mesmo uma pequena desidratação pode diminuir o seu desempenho.
Podendo ser ainda mais grave no verão, quando as temperaturas são elevadas, contribuindo para uma grande perda de peso durante o exercício.
A desidratação pode acarretar algumas consequências fisiológicas no nosso organismo, entre elas:
- O aumento dos batimentos cardíacos.
- Diminuição do fluxo sanguíneo, comprometendo assim o fornecimento de oxigénio e substrato energético para os músculos em actividade.
- Aumento da temperatura corporal.
- Diminuição do desempenho.
Para ajudar a manter a performance, siga estas dicas:
- Garanta que está devidamente hidratado antes de começar a treinar.
- Durante o exercício, hidrate-se a cada 15 ou 20 minutos,mesmo que não tenha sede.
- Beba pequenas quantidades de agua (150 a 250 ml) para minimizar eventuais desconfortos gástricos.
- Após o treino, beba cerca de 1 litro para cada kg de peso perdido, distribuindo esse consumo pelas primeiras horas após o treino.